Calvície

alopecia androgenética (AAG), também conhecida por calvície, é uma das principais causas de perda de cabelo. Ela atinge tanto homens quanto mulheres, porém sua prevalência no sexo feminino é relativamente menor. Apesar de não causar riscos à saúde, é um problema que afeta a autoestima principalmente quando acomete mulheres.
As causas genéticas da calvície ainda não são bem conhecidas, apesar de serem propostas algumas teorias para explicá-la. A mais antiga dentre as teorias defendia que se tratava de uma herança autossômica que se comportava de maneira diferente entre homens e mulheres. De acordo com essa hipótese, em homens, ela comportava-se como autossômica dominante; porém, em mulheres, era autossômica recessiva.
Após diversos estudos, chegou-se à conclusão de que se tratava de uma herança poligênica, entretanto pouco se sabe ainda sobre quais genes estão realmente envolvidos na calvície. Alguns estudos evidenciaram um aumento na concentração de um receptor de androgênio e diferenças nos genes responsáveis por esse receptor. Vale destacar que esse é apenas um dos genes envolvidos no processo de desenvolvimento da AAG.
calvície tem relação com a testosterona, que, ao atingir o couro cabeludo de indivíduos com predisposição genética, sofre a ação da 5-alfa-redutase e converte-se em di-hidrotestosterona (DHT). Esta é responsável pela diminuição gradual dos fios, que vão ficando mais curtos, finos e claros. Esse processo é chamado de miniaturização.
Em homens, a perda de cabelo segue normalmente um padrão, iniciando-se normalmente com uma rarefação na região frontal. Após o acometimento dessa região, a calvície instala-se na região do topo da cabeça. Acredita-se que a diminuição dos cabelos aconteça de forma gradual, tendo uma redução de cerca de 5% ao ano. Nas mulheres, a perda de cabelo acontece de forma difusa, normalmente no topo da cabeça.
Os tratamentos para calvície disponíveis nos dias de hoje baseiam-se na aplicação de apliques e enxertos, além das formas medicamentosas. Dentre os remédios que possuem seu efeito comprovado, podemos citar o minoxidil e a finasterida.
O minoxidil é um medicamento que age na diminuição da queda de cabelo e no estímulo ao seu crescimento, devendo ser aplicado sobre a área calva. Após a parada do seu uso, o paciente volta ao estágio inicial e o processo de queda continua. Já a finasterida é um medicamento de uso oral que atua como um bloqueador hormonal que impede a transformação da testosterona em DHT. Assim como o minoxidil, deve ser utilizada constantemente. A finasterida apresenta efeitos colaterais, sendo os mais comuns a diminuição da libido e a disfunção erétil.
O que temos hoje são medicamentos que não levam à cura da calvície e apenas minimizam os sintomas apresentados. Os tratamentos baseados nas técnicas de enxertos apresentam bons resultados, mas são métodos cirúrgicos e, por isso, possuem seus riscos. Sendo assim, não existe cura milagrosa para a calvície genética, sendo necessários estudos que realmente esclareçam a sua causa para que tratamentos eficazes sejam criados.

A calvície é uma herança poligênica que acomete mais homens

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