Taxonomia

 A Taxonomia é a área da Biologia que classifica, organiza e descreve os seres vivos. Ela é como uma biblioteca que organiza cada grupo em suas categorias, numa ordem que facilite o entendimento e a procura de características.

Essa é uma ciência que busca observar a história evolutiva, as relações de parentesco e traçar uma grande árvore genealógica dos seres vivos! É por meio dessa prática que os cientistas dão nome aos seres vivos e estabelecem ligações entre eles.

Para quê serve a Taxonomia? Qual sua importância?

Afinal de contas, para que toda essa organização? Bom, na natureza existe uma quantidade gigantesca de espécies, outras sendo descobertas e outras que já foram extintas. Para entender alguns comportamentos, prevenir situações ruins e achar soluções ou curas, é necessário observar todos os seres e tentar identificar padrões.

Sem uma devida classificação, seria extremamente difícil elaborar hipóteses e fazer observações valiosas a respeito da diversidade da vida. Todo trabalho bem organizado flui mais facilmente, não é?

Como Funciona a Taxonomia?

O modelo atual da Taxonomia é como um gráfico que tem grandes categorias e suas subdivisões cada vez menores. A maior categoria é o Reino e a menor é a Espécie. Isso significa que quanto mais caminhamos no sentido Reino -> Espécie, mais lidamos com seres de características próximas.

As Categorias Taxonômicas são, em ordem de maior abrangência para a menor:

  • Reino, Filo, Classe, Ordem, Família, Gênero, Espécie. 

Cada Reino tem seus Filos, cada Filo tem suas Classes, cada Classe tem suas Ordens…. até chegarmos em Espécies, que são o agrupamento dos indivíduos mais parecidos possíveis!

Essa questão de semelhança diz respeito tanto ao funcionamento dos sistemas (fisiologia) quanto aos hábitos de vida e, ao final com a ciência avançada, à genética!

Parece simples né? Segura que tem mais!

Na realidade, existem várias teorias que foram sendo desenvolvidas e aprimoradas ao longo dos anos. Vamos entendê-las:

Classificações da Taxonomia, Ordem e Teorias

teorias-classificatvias-da-taxonomia

Muito antes do modelo atual se consolidar, Aristóteles, na Grécia antiga, já notado algumas diferentes entre os seres e resolveu fazer uma primitiva classificação:

  • Seres com sangue vermelho
  • Seres com sangue de qualquer outra cor

Curioso não é? Ele deixou as plantas de fora e nem fazia ideia de que existiam seres microscópicos. Mas, dentro de sua realidade, observou a diferença de complexidade dos seres com sangue vermelho ou não.

Já no século XVIII, Carlos Von Linné, mais conhecido como Lineu; aprimorou o sistema de forma marcante! Em 1735, elaborou o Systema Naturae, esse que acabamos de ver logo acima: as 7 categorias também chamadas de Táxons, daí o nome de Taxonomia.

  • Reino
  • Filo
  • Classe
  • Ordem
  • Família
  • Gênero
  • Espécie

Recentemente, no século XX, um cientista chamado Robert Whittaker fez alguns acréscimos! Também no mesmo século, o microbiologista Carl Woese fez um novo adendo, dando mais precisão do estudo dos seres vivos e olhando para os seres microscópicos.

Essas alterações especificam os Reinos dos seres vivos e incluíam uma nova categoria maior que o Reino, os Domínios. Sugerimos que você leia este artigo dos Reinos antes de continuar a leitura!

Hoje, consideramos que há 3 Domínios: 

  • Archea
  • Bacteria
  • Eukarya 

Os Reinos são considerados 5

Pela imagem que colocamos logo abaixo do título desse tópico, você consegue observar a relação entre eles!

Cada Reino tem seus Filos, mas os mais importantes de saber para a prova do Enem e os vestibulares, são os Filos do Reino Animal

Este último, o Filo dos Cordados, é o mais complexo evolutivamente e possui importantes Classes: 

  • Peixes
  • Anfíbios
  • Répteis
  • Aves
  • Mamíferos

Todo o conteúdo que você precisa estudar está no nosso site, basta clicar nos links que deixamos ao longo do texto!

Nomenclatura científica – Sistema Binomial

Outro elemento que Lineu implantou de grande sucesso foi o Sistema Binomial. Ele serve para dar identificar cada ser vivo, contando com nome e sobrenome! Essa é a padronização, conhecido como nome científico, que é usado por qualquer cientista do mundo para se referir aos mesmos seres!

Veja as regras de padronização:

  • Para começar, o nome da espécie deveria ser sempre escrito em latim

Essa língua já foi mundial no passado e hoje é considerada como “língua morta”, pois raras são as ocasiões em que se utiliza publicamente. Assim, ela permite uma isenção em relação aos países (não mima nenhum!) e tem espaço para atualizações e correções.

  • O nome também deve ser escrito, de preferência, em itálico.

Isso serve para mostrar que é uma denotação diferenciada e destacada.

  • Por ser nomenclatura binária, será constituída de dois nomes
  • primeira letra do nome deve sempre ser maiúscula e a segunda começa com minúscula.
  • primeiro nome será para definir a qual Gênero aquela espécie pertence, e o segundo é o nome específico da Espécie

Exemplo do que é Taxonomia

árvore-genealógica-da-taxonomia

Quanta coisa não é? Vamos por em prática o que aprendemos analisando a Espécie Humana! Veja:

  • Nome científico do ser humanoHomo sapiens.

O nome da espécie possui todas as regras citadas acima e é constituída por dois epítetos: sendo Homo o epíteto genérico e Sapiens o epíteto específico.

Para ilustrar ainda mais, ficaria assim:

  • Domínio: Eucarya
  • Reino: Animalia
  • Filo: Cordados
  • Classe: Mamíferos
  • Ordem: Primates
  • Família: Homini
  • Gênero: Homo
  • Espécie: Homo Sapiens

Caracteres taxonômicos

Há um outro tipo de divisão feita por Linné que se chama “caracteres taxonômicos”. São uma forma menos sistemática de agrupar os seres, e giram em torno de aspectos visíveis. Veja:

  • Morfológicos: distinguem-se dos demais por conterem as morfologias externa e interna, estruturas especiais, Embriologia e Cariologia
  • Fisiológicos: correspondem ao nível de sangue e órgãos, como fatores metabólicos, excreções e secreções
  • Moleculares: dizem respeito às questões imunológicas, à eletroforese, sequenciação de proteínas e aminoácidos e sequenciação de DNA
  • Comportamentais: têm sido consideradas apenas recentemente e dividem os espécimes pelo comportamento específico de cada um
  • Ecológicos: diz respeito ao habitat e hospedeiros, alimentação e parasitas
  • Geográficos: distinguem-se dos demais através da Simpatia e Alopatria

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